Quando eu era pequena, coloquei na cabeça que iria aprender a andar de bicicleta. Lembro que meus pais me disseram que não seria fácil, mas que eu iria conseguir se persistisse. “Quando você aprender a pedalar, nunca mais vai desaprender”, me disseram. Comecei com as duas rodinhas encaixadas nos pneus, mas depois de um tempo tirei um dos apoios e, com um pouco mais de tempo, tirei o outro.
Assim foi que, entre tombos e tentativas, eu finalmente aprendi a andar de bicicleta. Eu caí, muitas vezes. Esfolei os joelhos e guardo as cicatrizes comigo até hoje. Eu tive medo. Eu achei que não fosse conseguir. Mas consegui! E, como haviam dito meus pais, eu nunca desaprendi.
Se eu tivesse desistido, talvez até hoje eu não soubesse como é prazeroso sentir o vento soprar no meu rosto enquanto eu sigo em movimento. Se eu tivesse desistido, talvez até hoje eu não soubesse como ensinar os meus filhos a pedalar. Se eu tivesse desistido, talvez até hoje eu não soubesse como era e sou capaz de pequenas ou grandes conquistas.
A verdade é que eu aprendi pela minha insistência. Quando eu caí, aprendi com os meus tombos e os utilizei como experiência para tentativas futuras: Quando fui de cara no monte de areia, eu finalmente aprendi a frear, guiar, colocar o pé no chão e descer da bicicleta. Tudo ao mesmo tempo. Se não fosse a queda e os machucados, eu acharia que era fácil e não levaria lição alguma para as minhas pedaladas futuras.
É assim na vida. A gente cai, a gente se machuca, a gente chora, a gente sente dor, mas a gente aprende! É preciso encarar o presente como um presente, mesmo que as coisas não estejam tão bem assim, mesmo que a gente ainda esteja com rodinhas, mesmo que a gente esteja levando um tombo atrás do outro e colecionando cicatrizes. Foi lidando com as minhas quedas que eu aprendi a me levantar; foi olhando para o futuro que eu aprendi a construir a minha estrada.
Anote isso: Para conquistar o amanhã que desejamos, é preciso encarar o hoje e enfrentar os obstáculos em nosso caminho. Lembre-se que existem sempre várias estradas, cabe a você escolher qual seguir. Algumas estradas podem ser mais tortuosas ou até mais longas, mas talvez seja justamente a que levará você ao destino que tanto deseja. E se não for, tente novamente! Tome novos rumos, levante-se e escolha uma outra direção – mas continue pedalando.
Olhe para a sua vida agora. Olhe para o seu futuro e pense em tudo o que gostaria de conquistar. Procure unir o seu aprendizado de agora com tudo o que está por vir em sua caminhada. Os problemas existem, você não deve ignorá-los, mas deve utilizá-los como degraus para chegar ao fim da escada. E depois do fim dessa escada vem mais uma, mais uma, e mais uma. E sempre em frente! O relógio não para e a vida não espera!